segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

CONSIDERAÇÕES FINAIS RUMO À VITÓRIA

Quando me despedi da Subcoordenação da Especializada Criminal e de Execuções Penais, me dirigi aos Colegas ali lotados afirmando que o período foi um dos mais significativos da minha carreira de Defensor Público. Nada mais correto, porém, ainda mais certo é o adágio popular o apressado come cru e quente.

Não mais que um mês depois, tenho que admitir que a lição colhida por mim neste processo eleitoral supera, em muito, o período anteriormente apontado.

Lidar com as complexidades do pensamento e do comportamento humano, aprender a devotar um novo olhar sobre anseios e objetivos diversos, todos revestidos de razões e histórias pessoais reveladoras.

Em dois momentos, entretanto, nesta campanha, eu tenho que registrar meu aprendizado. Ainda no limiar, quando um colega destacou e me passou um trecho do livro Arte da Guerra, cujo autor, morto há mais de 15 séculos, descrevia com exatidão aquele momento da minha vida.

Outra ocasião, visitando a Assembléia Legislativa, após conversarmos longamente com um dos Deputados naquela manhã, ele nos levou à porta do seu gabinete para as despedidas e, ao apertar minha mão, me disse: “Doutor, depois que lhe ouvi, você só precisa de uma coisa para ser Defensor Público Geral: parar de fumar.”

Todos nós rimos, eu fui mais além. Na hora percebi que ele estava completamente com a razão. São estes “insights” – se é assim mesmo que se escreve – que o profissional do Tribunal do Júri aprende a colher, ou a proferir, no plenário, que se transformam na pedra fundamental do julgamento.

Pelo meu querer começarei, clinicamente, a partir do resultado da nossa eleição, a me despedir do cigarro. Inconcebível em outros tempos, mas peremptório com a realidade e a relevância da função a que me disponho.

Estes fatos absolutamente verdadeiros são o cerne deste artigo, destas considerações finais. Não há o que temer, ou temerem. Tenho uma personalidade aguerrida (por vezes difícil, sim, confesso) e sou irreverente. É fato que caracteriza meus 52 anos de vida, mas, minha obstinação, minha combatividade e minhas atitudes se dirigem também a Raul Palmeira, para que marque não só o crescimento da Instituição, como o meu próprio.

Também é muito bom saber que o comandante não fica apenas nos discursos de marolas, a relatar o canto das sereias, enquanto o barco segue na deriva das omissões. É bom saber que o comando se exerce com a altivez do saber que se pode conduzir e que a tempestade, por mais árdua e trepidante, não vence o bravo, pois este tem o vigor na alma.


À luta, pela vitória da MUDANÇA. Por respeito a uma classe. Por amor a uma causa. Para orgulho de uma sociedade!

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